Um bebê de 1 ano passou por uma cirurgia delicada para retirar o feto de seu irmão gêmeo do cérebro. A menina ficou com o embrião alojado no crânio enquanto ambos se desenvolviam no útero da mãe. Esta condição é extremamente rara, conhecida como fetus in fetu, o gêmeo parasitário.
O caso aconteceu em dezembro de 2022, sendo registrado por médicos do Huashan Hospital, na China, ligado à Universidade Fudan, e publicado na revista "Neurology", da Academia Americana de Neurologia.
Segundo os médicos responsáveis pelo procedimento, o feto foi descoberto quando os pais da menina foram atrás de um hospital para investigar o motivo de ter um volume aumentado na cabeça da jovem, que começou a apresentar dificuldades motoras.
As imagens da tomografia computadorizada mostraram que o feto, de aproximadamente 10 centímetros de comprimento, já tinha desenvolvido os membros superiores, ossos e unhas. O que pode sugerir que ele tenha crescido por alguns meses enquanto ainda estava no útero da mãe. Segundo os médicos, o feto teria sobrevivido por um ano após o nascimento da irmã porque compartilhou o suprimento de sangue com a menina
Ainda não foi informado o estado de saúde da paciente depois da cirurgia ou se ela sofrerá sequelas a longo prazo.
Feto ficou por um ano dentro do crânio da irmã 
Feto ficou por um ano dentro do crânio da irmã 
Feto ficou por um ano dentro do crânio da irmã 
Feto ficou por um ano dentro do crânio da irmã
Fetus in fetu, é um anomalia que consiste no desenvolvimento de um resquício do embrião ou feto que é absorvido para dentro do corpo do irmão gêmeo. No mundo inteiro, existem apenas 200 casos documentados, sendo 18 deles ocorrendo dentro do crânio.
“O fetus in fetu intracraniano surge de blastocistos não separados. As partes unidas se desenvolvem no prosencéfalo do feto hospedeiro e envolvem o outro embrião durante o dobramento da placa neural”, explicou o neurologista do Huashan Hospial, Zongze Li, no artigo.
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